Atriz Tiziane Virgílio embarca para Natal (RN), onde participará de laboratório de cena

Viabilizado pelo Programa Rumos Itaú Cultural, o projeto faz parte do módulo piloto de uma escola livre de teatro que a companhia potiguar pretende abrir

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A atriz Tiziane Virgílio está entre os 20 artistas selecionados para participar de um laboratório de cena que será realizado pelo grupo Clowns de Shakespeare, com sede em Natal (RN), entre os dias 18 e 27 de fevereiro. Viabilizado pelo Programa Rumos Itaú Cultural, o projeto faz parte do módulo piloto de uma escola livre de teatro que a companhia potiguar pretende abrir.

“De verdade, estou muito ansiosa pela expectativa da experiência nova, mas também estou muito orgulhosa por ter sido selecionada e por saber que um grupo da relevância que tem o Clowns de Shakespeare é do meu estado e é reconhecido internacionalmente pela qualidade dos trabalhos que apresenta”, afirma Tiziane, radicada em Manaus há 14 anos e formada em teatro pela UEA.

Ela conta que o laboratório não será voltado para a estética clownesca, e sim para a prática do trabalho em grupo. Diariamente, das 14h às 21h, Tiziane participará de todos as etapas de um típico processo de preparação, concepção e criação cênica do Clowns de Shakespeare, que tem mais de 20 anos de estrada.

“Particularmente, não imagino que eu venha a ter um clown próprio no futuro, mas quis muito participar desse laboratório porque me interessa em ter essa vivência prática de como funciona um trabalho de grupo. Em Manaus, eu não faço parte de nenhuma companhia, apenas me junto a algumas pessoas para realizar trabalhos pontuais”, justifica.

Além disso, a oportunidade será mais que uma realização profissional para a atriz: “O Clowns de Shakespeare é uma referência de teatro de grupo não só para mim, mas no Brasil todo. Eu saí de Natal sem nunca ter experimentado absolutamente nada no teatro de lá, e essa primeira oportunidade vai ser logo com pessoas grandes”.

A companhia

Criado em 1993, em Natal, o grupo de teatro Clowns de Shakespeare pauta seus trabalhos na construção da presença cênica do ator, na musicalidade da cena e do corpo, no teatro popular e comédia, sempre sob uma perspectiva colaborativa. Mesmo sem trabalhar diretamente com palhaço, a técnica do clown está presente na sua estética, seja na lógica subvertida do mundo, seja na relação direta e verdadeira com a plateia ou no lirismo que compõe o universo desses seres.

Por isso as comédias shakespearianas vieram a contribuir para essa pesquisa. Sem adotar uma atitude “museológica” sobre o dramaturgo inglês, mas sem desrespeitar a sua genialidade, o desafio do grupo potiguar tem sido encontrar, na universalidade da obra do autor, o que faz sentido para o grupo.

No currículo do Clowns estão importantes conquistas que conferem uma posição de referência na cena do Rio Grande do Norte e do Nordeste, passando por cerca de 80 de cidades brasileiras, dentre elas, 24 capitais e o Distrito Federal, e ainda percorrendo mais de 30 cidades do interior do Rio Grande do Norte. Dentre os principais espetáculos estão “Sua Incelência Ricardo III”, “Abrazo” e “Muito barulho por quase nada”.

O grupo mantém o seu espaço-sede, o Barracão Clowns, no qual realiza cotidianamente seus trabalhos de produção, treinamento e pesquisa, ministra cursos e oficinas, e recebe profissionais e espetáculos de diferentes estados e linguagens artísticas.

Escolha dos participantes
Para a primeira edição do laboratório de cena, o Clowns de Shakespeare selecionou 10 artistas do Rio Grande do Norte e 10 de outras regiões do País. Além de envio do currículo e de uma carta de intenção, Tiziane Virgílio passou por uma entrevista via Skype.

Acritica

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